11 de jun. de 2014

The boy next door (Capitulo 8)

Justin deixou sua amiga no trabalho, e o caminho da volta foi com um silencio absurdamente angustiante. Ele estava bravo comigo? Vou tirar isso a limpo. 
"O que está havendo?" Perguntei, ao ver que apesar de estar dirigindo com uma mão, não pegou a minha com a livre. 
"Por que foi tão rude com a Alicia?" Estava carrancudo. Oh que sexy, mas ao mesmo tempo me dava nos nervos. 
"Ela me olha feio." Falei com a maior calma que pude. 
"Estamos falando da mesma garota?" Justin falou. 
"Estamos, e você só não percebe porque não quer." Suspirei. "E ainda teve o caso da garçonete chama-la de sua namorada, e o fato de você não ter corrigido..." Argh! 
"Eu não corrigi porque é idiota." Justin colocou as duas mãos ao volante. O apertava. "E é mais idiota ainda tem ciumes da Alicia." 
"Ela já gostou de você?" Perguntei rápido. Justin suspirou. 
"Não." Mentira. 
"Fala a verdade, por favor." Estava cansada e triste. 
"Ela nunca gostou de mim." Justin agora estava constrangido. Seus sentimentos ficavam tão evidentes quanto os meus. "Eu gostava dela, mas foi muito antes de começar a gostar de você." 
"Ah." Eu poderia não saber. Sentia-me arrasada. Por que perguntei? O carro parou em frente a sua casa. Ele me olhou. 
"Faz muito tempo, e eu posso lhe afirmar que não sinto mais nada por ela além de amizade." Eu concordei, mas ainda doia. "Por favor, estavamos tão bem." 
"Eu sei, mas sempre tem uma das suas garotas para estragar." Falei, e quando me dei conta, mais alto do que desejado. 
"Minhas garotas?" Seu tom foi inconformado. 
"Sim, suas garotas." Por que estou falando isso? Cala boca. "A garota do café, agora essa sua amiga." Cala boca Jesse. 
"Minhas garotas." Justin riu sarcastico. "É, ou talvez seja você que nunca confia o bastante em mim." Seus olhos estavam sem brilho quando olharam para mim. Isso me atingiu profundamente. 
"Claro, porque quando se acorda a primeira que quero ver é o cara que eu amo beijando outra." Oh cara, eu falei amo.
"Você fala como se fosse escolha minha." Ele riu sarcasticamente de novo. 
"Claro, porque beijar uma garota gostosa e mais velha é a pior coisa do mundo." Falei um tanto mais alto. Ele não reparou no amo. 
"É a pior coisa do mundo quando essa garota não é a que eu quero!" Seu tom foi grosso e ao mesmo tempo confuso. Ele jogou seu corpo para trás. "Eu fiz tudo por você, e não estou reclamando, mas queria que me desse pelo menos um voto de confiança." Ele suspirou triste. 
"Eu te amo, Justin" Firmei minhas palavras. Eu o amo. Ele não respondeu nem me olhou. Fala que me ama também. E então saiu do carro. Entrou em sua casa. 
O final de semana passara, e segunda já estava ali. Justin não me procurou, e eu também não o procurei. Fui para escola de carona com Lola, que veio me buscar de bom agrado. 
"Você não precisava ter vindo." Falei logo ao entrar em seu carro.
"Que isso, e bom, eu te devia né." A olhei confusa. "Eu não te trouxe, foi mancada." Dei de ombros e permaneci calada. Passamos em frente a casa de Justin e pude ver seu amigos saindo de sua casa. O olhei. Quis chorar, por culpa, saudade e por ser boba. Lola ligou o rádio, e começou a tocar a musica mais cliche que uma adolescente apaixonada poderia escutar. A thousand years. Lembrei-me de seu rosto, e seu corpo, e seu jeitinho bobo e ao mesmo tempo encantador. Mais velho e menos safado, lindo e romantico, com pegada e sensivel, compreensivel e complicado. O garoto perfeito para uma garota confusa. Lola parou no estacionamento. Charlie estava no carro perto do dela, sozinho. Segui até ele. 
"Ela te deixou, não é mesmo?" Falei fria. Charlie negou. "Onde está então?" 
"Eu terminei com ela." Seus olhos me observavam. "Desculpe-me." 
"Você não estava comigo quando eu mais precisei, não pense que vou ficar com você agora." Ele concordou. E eu sai de perto. O sol batia sobre o jardim, questionei sua presença em meio de minhas angustias. Nenhum apoio, nem ninguém para dizer que tudo ficará bem. Nenhuma melhor amiga para xingar Charlie e Justin de babacas, e  nenhum amigo para querer soca-los, apenas eu por eu mesma. Uma brisa leve batia sobre meus cabelos, e logo o sinal tocou. Hora da saida. Não me levantei, fiquei ali tomando um vento e a pensar. Não quero vê-lo, me sinto envergonhada. Um sopro ao meu ouvido. Caren estava ali. Caren uma amiga de infancia que se distanciou. Caren quem me aproximou do Charlie. Caren era nossa amiga. Caren a qual a mãe é amiga da minha. Caren que era minha melhor amiga. Essa Caren. 
"Oi!" Ela falou e sentou-se ao meu lado. "Como está?" Eu senti vontade de contar tudo a ela, mas a unica coisa que pude pronunciar foi um bem. "Sua mãe falou que Charlie parou de passar lá na sua casa, está tudo bem com os dois?" Não pude responder. "É claro que não, se não ela não teria pedido para eu conversar com você." Ela riu e se aproximou. "Eu sei que não deveria estar aqui perguntando sobre a sua vida." Continuou. "Mas você foi minha melhor amiga algum dia, e bom, eu tenho uma enorme compaixão por você. Pode até me odiar, mas um dia terá compaixão por mim também." E suspirou. Nada falei. "Você vai para o baile de verão?"
"Eu não sei, bem capaz que não." Falei e sorri. "E você?" 
"Vou, o Jordan me convidou. Estou bem empolgada." Ela olhou para frente. "Lembra do Gale?" Concordei. "Ele está com vergonha de te convidar, e bom, estava pensando de você convida-lo, ai poderíamos comprar os vestidos juntas." Como eu sou popular e ela não? Tão fofa e simpatica. 
"Pode ser." Sorri. "Quando vai ser o baile?" 
"No ultimo dia de aula, daqui a duas semanas." 
"Ahh" Olhei para o relogio. Duas horas da tarde. "Eu tenho que ir, até mais." Levantei-me e Caren continuou sentada. Ela acenou.
A tarde estava quente, muito quente, fazendo-me suar a cada instante. Nunca vira tão quente. Meu telefone tocou, era Charlie. Não atendi. Que idiota. 

Oi meus amores, como vocês estão? Eu ainda estou meio triste com vocês, por causa da one shot (quem não viu, leia os comentarios q vai ver), mas eu vou postar the boy next door o mais rápido possivel. Está acabando, então não percam nenhum capitulo!
Beijos.

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