17 de set. de 2014

Love is unpredictable - Capitulo Dois

Assim que me sentei ao lado de Alby e Rony eles se desgrudaram de imediato, Rony arrumando o cabelo e a blusa e Alby revirando os olhos prestes a me xingar.
- Alby, preciso que faça algo para mim hoje depois do almoço – ele geralmente fazia o que eu lhe pedia, não só pelo fato de ser meu amigo, mas por que ele sentia como se tivesse uma divida comigo pelo que fiz por ele quando chegou aqui
- Diga sargento – fez uma continência desnecessária ao dizer aquilo
- Preciso que leve o novato para dar uma volta pelo lugar – Rony me encarou por um segundo e depois se levantou parando de frente para mim
- Duds não pediu a você que fosse? – indagou.
- Sim, mas eu não chego perto desse garoto para nada, a não ser que queiram ver ele na enfermaria – ambos me olharam com cara de interrogação e eu fui obrigada a lhes contar toda a história.
- O garoto já chegou querendo cantar de galo – Rony soltou de maneira sarcástica – Qual é Cecília vai dizer que isso não te deixou, pelo menos um pouco, atraída por ele? – gargalhei por conta de sua pergunta, e ela revirou os olhos como sempre fazia quando debochavam dela, e no caso era sempre eu quem debochava dela. Digamos que Rony é o tipo menininha tentado ser sexy e acaba sendo vadia, mas no fundo é uma boa pessoa, eu acho.
- Nem um pouco – me recompus e sequei uma lagrima no canto do olho – Você pode fazer isso pra mim Alby? – Rony o encarou como se tentasse intimidá-lo já que ela odiava quando ele fazia o que eu lhe pedia pra fazer.
- Não, ele não pode
- Alby? – ignorei o comentário de Rony, quase sempre eu o fazia. Ela era o tipo que era minha amiga, mas estava sempre a fim de arrumar encrenca comigo.
- Tudo bem, deixa o garoto comigo – Rony cruzou os braços roliços e tatuados contra os peitos e bufou mais alto que um touro em uma tourada.
- Ok Albert, vai lá e faça o que a Cecília te pede, parece um cachorrinho – ela saiu pisando firme e o barulho de suas botas militares batendo no chão ecoaram por toda quadra e alguns olhares se voltaram para ela.
- Até a noite ela irá se acalmar – Alby concluiu e eu apenas assenti, depois de alguns minutos conversando sobre coisas aleatórias, Alby se juntou aos de mais garotos para uma partida de futebol. Diferentemente de mim, Alby tinhas muitos amigos e todos naquele lugar gostavam muito dele, mas nem sempre foi assim. Houve uma época que ele era quieto, ninguém sabia seu nome ou idade, ele não tinha amigos, e era um tremendo bebê chorão. Um dia Rick e sua gangue de valentões o encurralaram atrás da quadra e lhe disseram que quebrariam todos os dentes dele, eu estava procurando Alby por que Duds queria conversar com ele e um bando de garotas disse que tinha o visto atrás da quadra com Rick, quando cheguei lá ele haviam socado o rosto de Alby e estavam prestes a fazer algo pior, naquele dia eu quebrei o braço de Rick e tirei dois ou três dentes de cada um de seus parceiros, e disse a todos que quem fizesse algo a Alby teria o mesmo destino dos valentões, desde então Alby conversa com todos e todos gostam dele, ele é grato até hoje pelo que fiz naquele dia. Sai de meus devaneios quando uma mão passou em frente a meu rosto e quando direcionei meu olhar a seu dono o ódio me subiu aos olhos.
- Acho que começamos errado – ele disse com um sorriso irônico no rosto e eu estava começando a odiar aquele sorriso
- Você começou errado – voltei minha atenção para o jogo, que alias estava bem interessante, senti sua mão tocar meu rosto e virar o mesmo para encará-lo, segurei sua mão e apertei-a até a expressão do garoto se tornar pura dor. – Acho que não deixei bem explicado – virei seu braço e o coloquei nas costas do garoto quase tocando-o na nuca – não toque em mim garoto, ou vou ter que te mandar para a enfermaria antes mesmo que você possa me pedir desculpas. Duds me pediu que não deixa-se ninguém te machucar, mas vale a pena ouvir algumas broncas da velha Duds só pelo prazer de te ver com o braço e o rosto completamente quebrados. – ele gemia de dor e quando apertei seu braço ele gritou, um grito tão apavorado que fez todos olharem para nós com uma expressão de terror. – Fui clara dessa vez loiro de farmácia? – perguntei baixo
- Sim – sua voz saiu tão tremula quando eu esperava, eu o soltei e massageou o braço e a mão – Clara como água – ele sorriu mais uma vez – Só que você não sabe com quem está lidando, eu não desisto fácil do que quero. E talvez até o próximo fim de semana eu esteja na enfermaria, mas vale a pena só por ver o quanto eu mexo com você – ele piscou para mim e se sentou ao meu lado
- É o que veremos – me levantei – Alby, o garoto grande ali – apontei para Alby que acabara de tirar a camisa – Vai te levar para conhecer o lugar – o deixei ali sozinho e fui em direção ao campo de futebol, resolvi que jogaria com os garotos. [...] A tarde (quase noite) chegou e o jogo havia acabado. Eu estava cansada e precisava de um banho, estava subindo as escadas quando ouvi Alby me chamar, esperei por um segundo e depois fiz sinal para que ele me seguisse.
- Nós vamos sair hoje, você vem? – o olhei com desanimo e ele passou seu braço em volta de meus ombros – Vamos lá vai ser divertido
- Alby eu estou cansada, acabei de terminar um jogo difícil com os garotos, quero me deitar e dormir – ele fez bico e eu ri de sua tentativa frustrada de me convencer
- Por favor, vamos, Rony não vai e eu pago uma bebida pra você – o olhei de canto e ele sorriu
- Tudo bem – ele sorriu
- Vamos sair as nove – ele me soltou – a propósito, o garoto, Justin, é legal. Você deveria dar uma segunda chance pra ele - e seguiu para seu quarto, continuei subindo e quando cheguei ao meu quarto logo fui para o banheiro, tomei um banho moro e me vesti para sair com o pessoal. [...] Estávamos em um tipo de balada e eu estava sentada no bar enquanto todos dançavam animadamente, estava bebendo uma cerveja quando vi alguém conhecido entrar no local, eu não acreditava no que meus olhos viam, depois de tantos anos, como ele podia estar ali no mesmo dia que eu? Droga! Me virei de costas e percebi que outro conhecido se aproximava, Justin. Ele era melhor que o outro.
- Hey Justin – o chamei um pouco mais alto e ele seguiu até mim sorrindo. Só estando em uma situação muito difícil para chamá-lo
- Pode dizer Cecília – ele se sentou em minha frente e eu respirei fundo.
- Hum... Er... Sabe... Eu acho que começamos realmente de um jeito errado. – tentei parecer o mais atirada possível – Então – olhei por cima do ombro percebendo que ele se aproximava – quer sair daqui e ir pra um lugar mais legal? – ele sorriu de canto e se levantou
- Vem – segurando minha mão ele seguiu para a outra saída e em questão de alguns minutos estávamos do lado de fora, soltei todo ar preso em meus pulmões e tentei controlar minha respiração. O pânico havia tomado conta de mim e eu devia estar com uma cara horrível, já que o semblante no rosto de Justin mudou de cafajeste para preocupado.
- Está tudo bem Cecília? Você está pálida – eu assenti e o puxei pela mão, seguindo pela rua pouco iluminada. Senti um puxão e parei ao perceber que Justin havia se soltado de mim. – Cecília o que está acontecendo? Normalmente você me bateria, e olha que eu só te conheço desde hoje cedo. – prendi o cabelo em um coque e o encarei.
- Eu só me senti mal – menti – E Alby disse que você parecia um cara legal e que eu deveria tentar te dar uma segunda chance. É o que estou fazendo. Ta a fim de comer um hambúrguer? – nem tudo era mentira, eu ia tentar lhe dar uma segunda chance, mas sabia que isso não daria certo. Só queria ficar bem longe daquele lugar.

- Tudo bem – ele assentiu me olhando de maneira estranha, o levei até o Rock’n’Roll Burguer. Durante o caminho fomos conversando, Justin falava de sua vida e eu só ouvia. Ele contava coisas sobre seus avos e sobre seus irmãos, mas não tocava no assunto de por que ter ido para um internato. Chegamos ao Rock’n’Roll e entramos, fizemos nossos pedidos e nos sentamos, Justin começou a contar coisas engraçadas e ele realmente parecia um cara legal

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Hey gente,
Ta ai o outro capitulo. Como vocês estão?
Eu pensei em criarmos um grupo no Whatsapp, o que acham?
Digam-me

Live long and Prosper
Beijos da Ké

Ps: Eu sei que esse cap ta meio ruim, mas o próximo vai ser ótimo, prometo de dedinho.

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